Joani Teixeira

Um peregrino dormia tranquilamente em baixo de uma a árvore, nos arredores de uma cidade, quando foi acordado por uma voz que reclamava:
-Eu quero a pedra preciosa! O homem levantou-se e foi ao encontro da pessoa que gritava:
– Que tipo de pedra queres, irmão? E o outro explicou:
– Em sonho, Deus me revelou que um peregrino me daria uma pedra preciosa e eu ficaria muito rico. O peregrino mexeu em sua bolsa e tirou uma pedra.
– Encontrei esta perto do rio. Podes ficar com ela!
Retornando a cidade, ao amanhecer, o novo dono da pedra soube que ela era mesmo preciosa. Um ourices lhe garantiu que ele estava rico. Mas o homem passou o dia agitado e à noite não conseguiu dormir. Na manhã seguinte, retornou ao bosque, à procura do peregrino e lhe disse:
– Eu vim devolver a pedra preciosa que possibilitou abrir mão de um tesouro com tanta facilidade.Para a maioria, a felicidade consiste em ter muitos bens materiais.
O valor da pessoa é medido pelo seu contra-cheque e com ele, a possibilidade de adquirir o necessário e o supérfluo. São considerados excluídos aqueles que não participam da ciranda do consumo descartável. Mas é duvidoso que o dinheiro faça alguém feliz. É bom lembrar que mesmo tendo dinheiro, as pessoas nunca estão satisfeitas e querem sempre mais e mais. E para conseguir o que querem, empregam todos os meios, lícitos ou ilícitos. Mas, felizmente, existe outra mentalidade, simbolizada pelo peregrino da nossa parábola: a nossa verdadeira riqueza está naquilo que somos e doamos.O poeta indiano Rabindranath Tagore caminha nesta direção, quando afirma: “Sonhei que a vida era apenas alegria, despertei e li que a vida é serviço. Servi e descobri que o serviço é alegria”.”Deus está esperando que o busquemos para que Ele possa nos alcançar e ajudar”. (Pão Diário)